quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Formando Professores: Caminhos da Formação Docente

Formando Professores: Caminhos da Formação Docente

Wilson Correia

A Editora Ciência Moderna, do Rio de Janeiro, publica a obra 'Formando Professores: caminhos da formação docente'. O livro é organizado pelo professor Wilson Correia e apresenta trabalhos que são resultados de pesquisa e da prática de ensino e extensão universitária.

Com essa obra, o Centro de Formação de Professores (CFP) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) oferece material sobre formação de professores aos formadores de formadores no Brasil inteiro.

O obra subsidia aqueles universitários que cursam licenciatura em nossas universidades e faculdades, não descartando o relevante oferecimento de um debate qualificado sobre formação de professores à sociedade.

Falando nisso, quem não guarda na memória a presença de um professor ou de uma professora que o tenha marcado pelo resto da vida?

Talvez, todos nós somos gratos a algum ensinante que nos tenha dado lições de vida, preparando-nos para o trabalho, para a condição cidadã, para a existência mais humana e significativa.

Contudo, como se formam o professor e a professora?

Este livro enfoca a formação de professores e apresenta caminhos para que esse preparo seja o melhor possível à altura da necessidade de aprender de nossos filhos e de todo e qualquer cidadão.

Foi pensando nisso que competentes formadores de formadores debruçaram sobre os aspectos fundamentais da formação docente para produzirem este livro 'Formando Professores: Caminhos da formação docente', que é uma contribuição à causa da educação, nossa prioridade número um.

AUTORES

Wilson Correia, (Organizador) Doutor em Educação (UNICAMP) e Professor Adjunto no CFP da UFRB.

Adriana Richit, Doutora em Educação Matemática (UNESP-Rio Claro) e Professora Adjunta na UFFS.

Anália de Jesus Moreira, Doutoranda em Educação (UFBA) e Professora Assistente no CFP da UFRB.

Cilene Nascimento Canda, Doutoranda em Artes Cênicas (UFBA) e Professora Assistente no CFP da UFRB.

Gilfranco Lucena dos Santos, Doutorando em Filosofia (UFPE-UFPB-UFRN) e Professor Assistente no CFP da UFRB.

Irenilson de Jesus Barbosa, Mestre em Educação (UFBA) e Professor Assistente no CFP da UFRB.

José Dilson Beserra Cavalcanti, Mestre em Ensino de Ciências e Matemática (UFRPE) e Professor Assistente na UFPE.

José João Neves Barbosa Vicente, Mestre em Filosofia (UFG) e Professor Assistente no CFP da UFRB.

Kleber Peixoto de Souza, Mestre em Educação (UnB) e Professor Assistente no CFP da UFRB.

Leandro do Nascimento Diniz, Mestre em Educação Matemática (UNESP) e Professor Assistente no CFP da UFRB.

Tatiana Polliana Pinto de Lima, Mestre em Educação (UNICAMP) e Professora Assistente no CFP da UFRB.

Boa leitura, caros leitores e leitoras, e um 2012 repleto de luz!

A aquisição pode ser feita diretamente com a Editora
Editora Ciência Moderna
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MANIFESTO PELA DENÚNCIA DO CASO PINHEIRINHO À COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS



No dia 22 de janeiro de 2012, às 5,30hs. da manhã, a Polícia Militar de São Paulo iniciou o cumprimento de ordem judicial para desocupação do Pinheirinho, bairro situado em São José dos Campos e habitado por cerca de seis mil pessoas.

A operação interrompeu bruscamente negociações que se desenrolavam envolvendo as partes judiciais, parlamentares, governo do Estado de São Paulo e governo federal.

O governo do Estado autorizou a operação de forma violenta e sem tomar qualquer providência para cumprir o seu dever constitucional de zelar pela integridade da população, inclusive crianças, idosos e doentes.

O desabrigo e as condições em que se encontram neste momento as pessoas atingidas são atos de desumanidade e grave violação dos direitos humanos. 

A conduta das autoridades estaduais contrariou princípios básicos, consagrados pela Constituição e por inúmeros instrumentos internacionais de defesa dos direitos humanos, ao determinar a prevalência de um alegado direito patrimonial sobre as garantias de bem-estar e de sobrevivência digna de seis mil pessoas.

Verificam-se, de plano, ofensas ao artigo 5º, nos. 1 e 2, da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José), que estabelecem que toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral, e que ninguém deve ser submetido a tratos cruéis, desumanos ou degradantes.

Ainda que se admitisse a legitimidade da ordem executada pela Polícia Militar, o governo do Estado não poderia omitir-se diante da obrigação ética e constitucional de tomar, antecipadamente, medidas para que a população atingida tivesse preservado seu direito humano à moradia, garantia básica e pressuposto de outras garantias, como trabalho, educação e saúde.

Há uma escalada de violência estatal em São Paulo que deve ser detida. Estudantes, dependentes químicos e agora uma população de seis mil pessoas já sentiram o peso de um Estado que se torna mais e mais um aparato repressivo voltado para esmagar qualquer conduta que não se enquadre nos limites estreitos, desumanos e mesquinhos daquilo que as autoridades estaduais pensam ser “lei e ordem”. 

É preciso pôr cobro a esse estado de coisas.

Os abaixo-assinados vêm a público expor indignação e inconformismo diante desses recentes acontecimentos e das cenas desumanas e degradantes do dia 22 de janeiro em São José dos Campos.

Denunciam esses atos como imorais e inconstitucionais e exigem, em nome dos princípios republicanos, apuração e sanções.

Conclamam pessoas e entidades comprometidas com a democracia, com os direitos da pessoa humana, com o progresso social e com a construção de um país solidário e fraterno a se mobilizarem para, entre outras medidas, levar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a conduta do governo do Estado de São Paulo.

Isto é um imperativo ético e jurídico para que nunca mais brasileiros sejam submetidos a condições degradantes por ação do Estado.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Hobsbawm destaca estudantes nos movimentos de 2011

Wilson Correia

Quem ainda não leu Eric Hobsbawm (nascido em Alexandria, Egito, em 09.06.1917)? Poucos, na universidade, pois esse historiador produziu farto material bibliográfico sobre a história e as revoluções.

Hoje, com 94 anos de idade, na ativa, ele analisa os movimentos ocorridos em 2011 (entrevista a Andrew Whitehead, BBC de Londres, em 23.12.11).

Na atualidade, se há possibilidade de alguma revolução, segundo ele, ela será feita pela classe média modernizada, e não pelos trabalhadores, cujas bandeiras foram ultrapassadas pelo processo de desindustrialização da sociedade.

Para ele, a revolução possível terá de ser como o que estamos vendo agora em 2011, com gente saindo às ruas para se manifestar a favor das coisas certas: “Estamos no meio de uma revolução. Mas não é a mesma em todos os lugares. Todas se parecem. Porém, há, em todas, o mesmo descontentamento”.

As forças mobilizadas nesses movimentos não pertencem aos tradicionais quadros políticos, mas em novos protagonistas que saem às ruas e praças em defesa de valores anticapitalistas. “As forças em movimento são semelhantes: classe média em modernização, estudantes jovens e a tecnologia que torna muito mais fácil mobilizar quem queira manifestar”.

Aí o valor e o significado político do uso das mídias sociais, potencializadas pela massificação da internet, que levam as pessoas às ruas e conduzem um verdadeiro exército ao palco do espaço público das cidades onde emergem com protagonismo contestatório.

Esses manifestantes formam o exército que deixa para trás a velha esquerda. “A esquerda tradicional foi formada para um tipo de sociedade já superado ou já saindo de cena. A crença daquela esquerda era a de que o movimento trabalhista de massa criaria o futuro”.

Para Hobsbawm, “Agora, o trabalho mudou. Fomos desindustrializados. Aquele projeto da esquerda deixou de ser viável”. Por isso, essas novas forças é que poderão fazer transformações sociais.

Por conta disso, “As mobilizações de massa atuais mais efetivas nascem de uma classe média modernizada e de um grande corpo de estudantes. São fortes em países onde a população jovem, homens e mulheres, formam a parte maior da população”.

Será que estamos mesmo nos conscientizando de que uma nova sociedade é realmente possível?